Discurso do Acadêmico José Pilati saudando a família de Ivo Silveira

Discurso proferido pelo Acadêmico José Isaac Pilati, Titular da Cadeira nº 09 da Academia de Letras de Palhoça, no dia 19 de abril de 2011, saudando a família de Ivo Silveira, durante a Sessão Solene da Primeira Entrega do Prêmio Ivo Silveira de Cultura, outorgado pela Câmara e pela Academia, ao historiador palhocense Claudir Silveira, In Memorian.

 

Excelentíssimo Senhor Vereador Presidente da Câmara Municipal Otavio Marcelino Martins Filho, em cujo nome eu saúdo a Mesa Diretora, todos os demais Edis desta Casa, as demais autoridades e o Povo de Palhoça; Excelentíssimo Senhor Prefeito Ronério Heiderscheitd, em cujo nome cumprimento todos os palhocenses pelos cento e dezessete anos de existência política e brilho cultural; Ilustríssima Confreira Sônia Terezinha Ripoll Lopes, Presidente da Academia de Letras de Palhoça, em cujo nome eu saúdo os eminentes pares do Sodalício, os escritores, artistas, intelectuais e professores do Município de Palhoça;  Excelentíssima Deputada Estadual Dirce Heiderscheitd, em cujo nome cumprimento a mulher de Palhoça por toda a sua contribuição e participação nestes cento e dezessete anos de história; ilustres Familiares de Ivo Silveira, na pessoa de filha Elisabeth Silveira Brandalise, em cujo nome e do filho Ivo Silveira Filho, saúdo a tradição desta terra, a cultura deste povo e a grandeza do seu futuro; ilustres familiares e amigos do agraciado Claudir Silveira in memoriam, a quem saúdo na pessoa do filho Eric Moritz Silveira, reportando-me ao Prêmio Ivo Silveira de Cultura; em seu nome cumprimentando também os homenageados da Câmara com o Título de Cidadão Honorário e com a Medalha Caetano Silveira de Matos, entre eles o ilustre Senador Paulo Roberto Bauer; senhoras e senhores entre os quais me incluo nesta missão de ver e registrar, de admirar e louvar, de reconhecer e de agradecer a tantos quantos tornaram possível este momento.

Consta que ao atingir a idade de dezessete anos, os jovens da Grécia Antiga prestavam um juramento a sua Cidade. Diziam: Não causaremos desgraças a nossa Cidade por atos de desonestidade ou covardia. Lutaremos individual e coletivamente pelos ideais e tradições da Cidade. Lutaremos sempre para incentivar o povo a desenvolver a consciência cívica. Através destes procedimentos, legaremos uma Cidade, não apenas igual, mas muito maior e melhor do que a que nos foi legada.

Ivo Silveira, filho desta Cidade de Palhoça, nunca fez um juramento semelhante, mas cumpriu os seus termos com tanta exatidão e tamanho zelo, que se imortalizou com ela, individual e coletivamente. Na sua história, no coração da sua gente, na dignidade de suas instituições, aí está ele, como atestam esta Câmara Municipal e esta Academia de Letras, que irmanadas criaram o Dia Municipal do Escritor e instituíram este Prêmio Ivo Silveira de Cultura, que hoje se entrega pela primeira vez.

E assim, Ivo Silveira, que foi um jovem estudante de Palhoça; que foi Prefeito do seu povo; que foi membro e é o Patrono da Cadeira n. 07 desta Academia de Letras de Palhoça; e que daqui partiu para governar o Estado e ser um exemplo para todos os catarinenses, hoje retorna imortal, como voltará todos os anos nesta solenidade, para premiar, aos olhos dos seus, os maiores vultos da cultura local. E o historiador Claudir Silveira, meritoriamente, é o primeiro agraciado.

Resta-nos agradecer: aos distintos acadêmicos, que na minha gestão referendaram a proposta de criar esta solenidade; ao Vereador Leonel José Pereira, que a apoiou desde o primeiro instante; ao Vereador Nazareno Setembrino Martins, que encampou o projeto e logrou aprovação pela lei 3.293/2010; à Presidente Sonia Terezinha Ripoll Lopes, que envidou todos os esforços para concretizar este projeto; e ao Presidente Otavio Marcelino Martins Fº, sob cujos auspícios estamos hoje realizando este sonho.

Para homenagear Ivo Silveira, enfim, perante os seus ilustres familiares e a sua comunidade de Palhoça, as suas autoridades da Câmara e da Cultura aqui presentes, devo dizer-lhes um verso parafraseado de João da Cruz e Souza; que ao presentear com flores – do mesmo modo que nós o fazemos nesta noite com nossos louros – disse assim, no seu estro majestoso: trago-te flores, tão só, apenas, porque não pude, e porque não não foi possível, trazer o mar e toda a natureza deste belíssimo torrão.

Muito obrigado.


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