Discurso do Acadêmico José Pilati na sua posse como Presidente da ALP.

Discurso do Acadêmico José Isaac Pilati, Titular da Cadeira nº 09 da Academia de Letras de Palhoça, na Solenidade de Posse como Presidente da ALP, realizada no dia 26 de fevereiro de 2010, na Câmara Municipal de Palhoça – Santa Catarina.

Saudações...

 Assumo a presidência desta amada instituição sem veleidades pessoais. Uso da palavra para enaltecer os que lutaram por ela até aqui e ao demais, como primeiro passo no cumprimento de uma missão que me foi imposta pelas circunstâncias e pela consciência do dever. Aceitei porque não estou sozinho.

Nas homenagens que presto estão os fundadores Paschoal Apóstolo Pítsica e João Francisco Vaz Sepetiba. A tarefa deles foi completada pelo Presidente Manoel Scheimann da Silva, que hoje deixa o cargo para nossa tristeza, mas coberto de glória para nossa alegria. Ele é um exemplo de dedicação à ALP.

O reconhecimento a Paschoal Apóstolo Pítsica – os fundadores fizeram-no com duas providências: consagrando-o Patrono da Academia nos seus Estatutos e instituindo a Casa Paschoal Apóstolo Pítsica-CPAP, fundada momentos atrás, nesta última solenidade presidida por Manoel Scheimann da Silva.

A ideia central da concepção heráldica da CPAP está no fato de Paschoal Apóstolo ter sido um semeador de academias municipais de letras. Nada mais justo que a ALP – a última das suas criações – imortalizar seu espírito acadêmico num ritual de comunhão e harmonia entre as suas Academias.

A parte material do símbolo da CPAP explica-se por duas idéias. A base é uma flor, como a nossa língua é a última flor do Lácio; e as lanças é inspiração do cônsul romano, que evocava a força da união num feixe de varas; é a imagem eternizada de uma Roma inquebrantável, dita a Cidade eterna.

O reconhecimento a Manoel Scheimann da Silva, presidente de 2006 a 2010, é não só por seu trabalho dedicado, mas pelo descortino das realizações. Deu-nos estatutos, logomarca e insígnias, providenciou sede provisória, dobrou o número de cadeiras da Academia, e fundou a Casa Paschoal apóstolo Pítsica.

Enfim, o seu amor pela Academia, a preocupação constante com o seu destino, tudo o que fez e fará por ela, merece do Sodalício uma justa homenagem, hoje gravada em metal, para ser reeditada muitas vezes no futuro com certeza, em todas as ocasiões propícias, sempre com as honras que lhe são devidas.

Também merecem destaque nesta hora os fundadores: Carmem Maria Carvalho de Lima; Cesar Luiz Pasold; Déspina Spyrídes Boabaid; Ivo Silveira (in memoriam); João Francisco Vaz Sepetiba; Liene Collaço Paulo; Vanilda Tenfen Medeiros Vieira e Zelka de Castro Sepetiba: são a alma de Fênix da Academia.

A ALP está consolidada, pois; a minha e nossa missão? Começa aí. Definir-lhe o perfil; inseri-la nas atividades culturais do Município e do Estado de Santa Catarina; confirmar os Rituais; fundar Boletim e Antologia; inaugurar o site, conquistar a admiração dos jovens e os melhores nomes para o seu quadro.

Os próximos anos do sodalício evocam a figura de Imanuel Kant, que na verde juventude planejou toda a obra da vida. Com a participação de todos e de cada um dos Acadêmicos, a ALP, que possui espelho próprio, nele projetará a imagem que terá num Município que vem crescendo muito e rapidamente.

Agradeço a todos. Aos que me antecederam, pelo legado; aos confrades pela confiança e pelo apoio; ao povo de Palhoça, pela ventura de participar de sua história cultural; a esta Casa do Povo pela gentileza de permitir formar aqui a nossa ágora; a todos os presentes e às coirmãs pela adesão à CPAP.

Um agradecimento especial à Família Pítsica na pessoa de dona Eloá Paschoal Pítsica; e a minha Família na pessoa de minha esposa Irlete Pilati, tão compreensiva e solidária comigo nesta empreitada cultural, que é de renúncia e trabalho, mas que semeia amigos, alegrias e estes aplausos que lhe dedico.

Muito obrigado!

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