Discurso do Acadêmico José Pilati na Sessão Solene de Entrega das Insígnias aos Acadêmicos Fundadores.

Discurso do Acadêmico José Isaac Pilati, Titular da Cadeira nº 09 da Academia de Letras de Palhoça, na Sessão Solene de Entrega das Insígnias aos Acadêmicos Fundadores da ALP, realizada em 07 de novembro de 2007, no Plenário da Câmara Municipal de Palhoça – Santa Catarina.

Senhor Presidente, distintas autoridades da Mesa, ilustres acadêmicos, senhoras e senhores,

 No Banquete de Platão, Erixímaco tomou a palavra na presença de Sócrates – apontado pelo oráculo de Delfos como o mais sábio de todos os homens – e perante o assunto que era o amor, disse, na majestade do momento: a minha proposta, é a seguinte: que cada um de nós, reclinados ao redor da mesa, a começar pela direita, pronuncie um discurso de louvor...

Com essas insígnias, nessa casa fundada pelo maior acadêmico da recente história das letras catarinenses Paschoal Apóstolo Pítsica; perante a imagem imortalizada do filho maior dessa terra, o sempre governador Ivo Silveira; e amparado nos pares como num proscênio sublime, já não sei de mim, como diria Sócrates e só me resta pronunciar um discurso de louvor.

Assim como a língua portuguesa foi a última flor do Lácio, esta Academia de Letras de Palhoça foi a última criação de Paschoal Apóstolo Pítsica, que a concebeu com a sabedoria de um romano imperial. Pensou-a com João Vaz Sepetiba, o primeiro Presidente, e escreveu a minuta do seu Estatuto no leito de morte, com as últimas forças da alma e a noção da imortalidade.

Escolheu nome por nome, desde os esteios da terra: Ivo Silveira e Manoel Scheimann da Silva, aquele como ocupante e patrono de cadeira e este, nosso hoje presidente; e após os demais que aqui estão ao redor dessa mesa de louvor, na idéia de dar à novel academia de Palhoça a feição catarinense. Pensou-a para trazê-la como chama e acender aqui um altar de devoção.

Esse dia chegou e eles, os primeiros imortais da Academia de Letras de Palhoça já não vieram fisicamente, mas nós todos estamos a pressentir os discursos de Paschoal Apóstolo Pítsica e Ivo Silveira, como podemos também sentir a emoção do povo de Palhoça, que finalmente tem a sua academia, a mais moça a quem dirijo meu discurso de louvor.

Ao cumprimentar os ilustres acadêmicos nesse momento importante e sublime; ao agradecer ao nosso ilustre Presidente Manoel Scheimann da Silva por todo seu esforço e por essa realização que se perpetua na memória da instituição; ao exaltar os nomes daqueles que nunca esqueceremos, eu saúdo Palhoça num discurso, simplesmente, de louvor.

MUITO OBRIGADO!


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