Discurso do Acadêmico Antônio Manoel, o Biéli, apresentando a ALP.

Discurso do Acadêmico Antônio Manoel da Silva, o Biéli, Titular da Cadeira nº 17 da Academia de Letras de Palhoça, apresentando a instituição na Sessão Solene de Entrega do Prêmio Ivo Silveira de Cultura, realizada no dia 12 de novembro de 2014, às 20h00min, na Câmara Municipal de Palhoça - Santa Catarina.

 

Cumprimentando a senhora Presidente da Academia de Letras de Palhoça, torno extensivo e saúdo os demais membros da Mesa.

 Senhoras e Senhores, Boa noite!

 A sociedade literária palhocense jamais irá esquecer aquele dia 13 de fevereiro de 2003, uma segunda-feira, às 15h30min, quando aconteceu a fundação da Academia de Letras de Palhoça.

Naquela ocasião, estavam presentes os senhores Paschoal Apóstolo Pítsica, Presidente da Academia Catarinense de Letras; Marcelo de Almeida, Presidente da Academia de Letras de Blumenau; e mais os seguintes escritores e futuros membros da Academia de Letras de Palhoça, João Francisco Vaz Sepetiba, Manoel Scheimann da Silva, Ivo Silveira, José Isaac Pilati, Déspina Spírydes Boabaid, Liene Collaço Paulo, Carmem Maria Carvalho de Lima, Vanilda Tenfen Medeiros Vieira e Zelka de Castro Sepetiba.

A reunião, que ocorreu nas instalações da Academia Catarinense de Letras, em Florianópolis, e cuja pauta era a fundação de uma academia de letras em Palhoça, foi presidida por João Francisco Vaz Sepetiba, que na mesma data foi aclamado, provisoriamente, primeiro Presidente da Academia de Letras de Palhoça, designação esta que, por unanimidade, foi carinhosamente escolhida para nominar esta instituição literária palhocense.

É oportuno registrar que a discussão em torno da criação de uma academia de letras, neste Município, já vinha acontecendo desde o ano 2000, principalmente entre o escritor palhocense Manoel Scheimann da Silva e o Dr. Paschoal Apóstolo Pítsica, cidadão florianopolitano. Depois de muitas reuniões, finalmente, a fundação da Academia de Letras de Palhoça se efetivou, graças ao empenho e perseverança do Dr. Paschoal, que a exemplo do que fizera com outras academias de letras de Santa Catarina, também fundou a de Palhoça. Por este mérito, foi escolhido para ser o Patrono desta academia.

O corpo acadêmico da ALP, segundo determina o seu Estatuto, está quantificado em quarenta Membros Efetivos, mas ainda não se atingiu esta totalidade. Quando foi fundada, em fevereiro de 2003, tinha dez acadêmicos; em dezembro de 2009, foram admitidos mais onze por concurso; e em março de 2012, também por concurso, ingressaram nas fileiras da instituição, dois novos membros.

Por força dos óbitos registrados, o quadro de acadêmicos da ALP, hoje, é de vinte Membros Efetivos, já descontados os três Imortais que já se foram desta para outra vida.

Neste ano 2014, foi lançado novo concurso para admissão de novos acadêmicos, a fim de preencher cinco das vinte Cadeiras ainda desocupadas. Aliás, hoje mesmo, no final desta Sessão Solene, serão anunciados os nomes dos classificados, futuros Membros da ALP, a serem empossados em fevereiro de 2015.

Destarte, paulatinamente, as Cadeiras da Academia de Letras de Palhoça vão sendo ocupadas, até que se complete o número previsto no Estatuto.

A ALP exerce a sua função precípua, esteiada em três elementos fundamentais:

  • Cultivar e divulgar a língua vernácula e os valores da cultura, especialmente através do labor literário;
  • Defender a literatura brasileira nas suas várias modalidade e espécies;
  • Divulgar muito especialmente a produção literária, cultural e histórica de Palhoça.

Ao longo dos seus quase 11 anos de existência, a ser completados em fevereiro do ano vindouro, a Academia de Letras de Palhoça vem evoluindo e conquistando o seu espaço no campo literário-cultural. Mantém forte vínculo promocional e participativo em vários tipos de eventos, alguns em parceria com o Poder Público Municipal e outros mantidos com entidades congêneres. São feiras de livro, festas culturais, encontros literários, concursos em geral, palestras em estabelecimentos educacionais, datas festivas e comemorativas, desfiles cívicos, dentre outros.

Conquistas

No campo material, pode-se dizer que já alcançou êxito, sendo notórias e públicas algumas conquistas:

Em abril de 2010 – Realiza dois feitos importantes: a composição do Hino da ALP, de autoria do acadêmico Antônio Manoel da Silva; e a Bandeira da ALP, criada pela acadêmica Sonia Terezinha Ripoll Lopes, quando ficou definido o formato e as cores da instituição.

Em 08/05/2010 – É ativado, na Web, o site da ALP, uma ferramenta que está servindo, não só como veículo de comunicação entre a instituição e o Acadêmico, mas, também, como fonte de pesquisa aos internautas.

Com ele, a Academia de Letras de Palhoça está cruzando as fronteiras do mundo virtual, tornando-se conhecida por outros povos e nações.

Em 02/03/2011 – A ALP é declarada entidade de Utilidade Pública no âmbito municipal, por força da Lei nº 3.247, sancionada pelo Prefeito Ronério Heiderscheidt.

O reconhecimento como entidade de Utilidade Pública Estadual viria no ano seguinte, quando o Governador do Estado de Santa Catarina, João Raimundo Colombo, sancionou a Lei nº 15.886, de 10 de agosto de 2012. Essa conquista foi fruto do empenho dos parlamentares, Renato Hining e Edison Andrino.

Em breve haverá de conquistar, também, a Declaração de Utilidade Pública Federal, pois requerimento neste sentido já foi encaminhado ao Governo Federal.

Em 19/04/2011 – Entrega, pela primeira vez, o Prêmio Ivo Silveira de Cultura - Criado pela Lei Municipal nº 3.293, de 19 de maio de 2010, que foi entregue em Sessão Solene conjunta com a Câmara Municipal, cujo homenageado foi o escritor e cidadão palhocense, Claudir Silveira.

Em 27/08/2011 – Faz o Lançamento do Boletim Flor de Lis. idealizado pelo acadêmico e ex-presidente da ALP, Manoel Scheimann da Silva, destinado a publicações de interesse acadêmico e literário.

Em 25/09/2013 – Acontece a Inauguração da Sede da ALP, que está situada dentro do Complexo Educacional da Faculdade Municipal de Palhoça, na Ponte do Imaruim, e foi conquistada graças à boa vontade e sensibilidade do Prefeito interino de Palhoça, naquela ocasião, senhor Nirdo Artur da Luz, o Pitanta, com a co-participação e colaboração de seus comandados, Mariah Terezinha Nascimento Pereira e Milton Mendes, Diretores da FMP.

Senhoras e senhores, cidadãos e cidadãs palhocenses, esta é a Colenda Academia de Letras de Palhoça; que na linha do tempo está apenas dando os primeiros passos, mas que “com plenitude, quietude e competência”, vai “conduzindo os rumos da nossa literatura”.

Quiçá possa produzir bons frutos neste campo; que seja profícua para toda a sociedade.

E como bem disse o poeta, quando escreveu a letra do seu hino: Este sodalício é a moradia da cultura e do saber. É o recipiente de talento e esplendor, o cabedal do escritor, na missão de escrever.

Muito Obrigado.


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