Discurso de posse

 

DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA DE LETRAS DE PALHOÇA, EM 17/12/2009

ACADÊMICA: SONIA TEREZINHA RIPOLL LOPES

Senhor Presidente da Academia de Letras de Palhoça, autoridades que compõem a mesa, senhoras e senhores convidados, boa noite.

Nesse especial instante, em que todo meu Ser é invadido por singular alegria, ao ser contemplada com tão honrosa missão, que é habitar, de ora em diante, o Templo do Saber, trago, humildemente, minhas palavras de agradecimento e de reverência a todos aqueles que a mim proporcionaram tão jubiloso encontro.

Vim de plagas distantes, Alegrete, Estado do Rio grande do Sul, onde, na adolescência, rabisquei meus primeiros versos.

Graduada no Curso de Letras, em minha terra natal, passei a residir em Florianópolis, em 1977, onde ministrei aulas de Português, pela Rede Estadual de Ensino.

Mas foi somente no ano dois mil, quando vi meu único filho, Cristiano, despedir-se de nosso mundo terreno, que iniciei o preparo de minha primeira obra literária, “ A Quem Amo “, em sua homenagem.

E foram esses versos de amor e de saudade, que me tornaram conhecida nos grupos literários dos quais faço ou já fiz parte: Grupo de Poetas Livres, Associação literária Florianopolitana, Letras no Jardim, Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses, participando conjuntamente de Saraus, Feiras do Livro, Revistas, jornais e Antologias.

Sou integrante do Coral Eletrosul, dedico-me à Música, à Dança e ao Teatro, onde contribuo com alguns trabalhos de minha autoria, entre os quais: “A Flor e O Passarinho” ( Infantil ), “Kiki Honesto” ( Sátira ) e “Diálogo Inseguro” ( Humor ).

Procuro expressar a beleza da natureza e o encanto dos animais, em telas pintadas a óleo, constituindo, assim, o arco-íris de minha predileção.

Mas são as letras que me levam além do Universo, contando o indizível, levitando nas veredas da Poesia, onde edifico meus castelos de sonhos, rimando com minhas dores e verdades.m do Universo, contando o indizrco-ureza e o encanto dos animais, em telas pintadas a is: "rimeira obra litera fas epido parafu

Meu coração, revestido de honrarias, mescla-se com minha mente sedenta de conhecimento, ao colocar-me à disposição da Cultura, no cultivar da Palavra em toda a extensão do Belo, para que cintile, cada vez mais, a chama do Saber.

Tormamo-nos grandiosos no Templo dos Sentimentos, quando fazemos da Palavra o espelhar de nossas almas, onde as formas esvoaçam entre longínquos horizontes, perpetuando-se na eternidade.

Assim, com harmonia e desprendimento, procurarei divulgar e elevar, cada vez mais, a luz da Cultura na casa do Intelecto, que ora me abriga, ao ocupar a cadeira 16.

Para minha Patrona, escolhi a professora, a poetisa, a grande escritora catarinense, Delminda Silveira de Souza, ele que foi a primeira mulher a assumir uma cadeira na Academia Catarinense de letras, cadeira número 10.

Delminda tornou-se imortal com sua obra “Cancioneiro”, composta de Hinos e Poemas patrióticos

Em sua homenagem, ora faço meus os seus versos :

“No porte, a distinção nobre e correta

Cheia e graça natural que encanta:

Nos olhos- doce luz que me aquebranta

- Um reverbero d’alma de poeta.

Como o canto materno que aquieta

Febril infante co’a harmonia santa,

Derrama a sua voz, doçura tanta,

Que a negra dor não mais minh’alma afeta.

Tudo o que penso, vejo em seus pensares...

Prefere o gosto seu tudo qu’eu amo.

São como os meus seus íntimos pesares...

E eu – louca! louca!- o meu ideal lhe chamo!

Mas se existe a visão dos meus sonhares

Embalde em seu amor, meu peito inflamo! “

Delminda Silveira de Souza.

 Muito obrigada!


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