Poesias

 

Sonhos

Anelo em teus braços me aninhar...
Num doce amplexo mais uma vez sonhar...
Ardor, calor,
Suor.
Depois, pesadelo.
Tristes ais no vazio lançados.
Apelo,
em plena noite acordar abraçados.
Morrer
Embora nascemos ao novamente despertar.
Contrastes
Num consolo mútuo amparados
Jamais esquecer a história com fogo gravada,
no âmago do ser,
tal qual sorrateira punhalada.
Momentos fugazes.
Profundas cicatrizes, lacunas,
Acidente de percurso.
Vazio e dor capazes
de gerar tamanho sofrimento.
Sonho...
Um véu de brumas...
Hoje tudo é distância, lamentos.
Como sem sonhos viver?


Traição

Embora latente,
ainda não era ato manifesto,
talvez intermitente...
Porém, sabia o coração.
Veio o gesto,
inconseqüente.
Acompanharam-no o patente.
Tudo transformou-se em protesto.
Inacreditável tamanha deslealdade.
Que terrível constatação!
Assim termina o sempre,
a festa, a promessa, o presente.
Melhor o engodo do que o ciente.
Eis a infidelidade.
Esperar com paciência?
Permanece o ausente.
Acabou a sinceridade.
Após a traição,
ninguém mais responde.
Invade a solidão,
diante de um retumbante não!
Triste realidade.
Atitude indecente.
Quando? Como? Onde?
Não é necessário o conhecimento, a ciência.
Apenas a confirmação,
e jamais a complacência !


Quimera


Quantos sonhos desfeitos...

Outros tantos refeitos.
Tudo desmoronou
em segundos!
Longos anos em vão
e nem tudo se recuperou...
E agora?
Como desfazer o remendo
sem desmerecer?
Tudo será tão mais fecundo
esqueçamos o que tombou
soterremos o que passou.
Era apenas uma quimera.
Construamos um novo mundo...


Amplidão

Tudo paira na amplidão do cosmo...
Voando nas asas da liberdade chegamos
ao coração da Origem...
Doce amplexo segue o encontro...
Como é bela a harmonia,
a eterna sinfonia.
Coros celestiais entoam hinos.
O que partiu retorna, a aliança é restaurada.
“Desde toda a eternidade eu já pensava em ti e te amava e
já havia te escolhido !...”


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